Bem Vindos

14:30 / Colocado por Ti Maria da Peida /

Caros amigos,

Nos últimos tempos tenho vindo a constatar o rápido crescimento da blogosfera. Praticamente todas as pessoas que conheço têm um blog ou estão em vias disso.
Como não gosto de ficar atrás em nada, resolvi imediatamente pôr mãos à obra e iniciar-me nesta actividade de bloguista ou blogueiro, como preferirem, lançando este "Ti Maria da Peida" que estou convicto será um grande sucesso popular.
Não se acanhem de emitirem a vossa opinião. Este é um blog pluralista, sem censura, mas não são admitidas calúnias ao seu autor.

3 comentários:

Comment by Anusvadis on 4 de julho de 2007 às 22:10

Sentido da sexualidade
corporalidade e personalidade
amizade e amor
amor conjugal
integração dos três níveis
a entrega total
expressão corporal do amor
matrimónio e acto conjugal
a excitação sexual
necessidade da castidade

Diferenciação sexual
homens e mulheres
corpo de mulher, corpo de mãe
a imagem da mulher-objecto
imagem e realidade
alma de mulher
corpo de homem, corpo de pai
sexo e amor

Personalização da sexualidade
carácter pessoal do corpo
tarefa de personalizar a sexualidade
atractivo sexual da mulher
afectividade da mulher
um erro frequente
as manifestações de carinho
a integridade original do homem
a ruptura interior

Estética e sexualidade
o sentido do pudor
as leis do pudor
a intimidade corporal e a entrega
as condições da nudez
o nu artístico
representação da intimidade conjugal
o domínio dos sentidos
o domínio da imaginação





Necessidade da castidade

A virtude da pureza ou castidade consiste no treino necessário para que o corpo seja sempre expressão e instrumento do amor generoso da alma. Consiste em dominar o corpo de modo a que não reflicta o prazer imediato e egoísta, mas actue com espontaneidade e naturalidade ao serviço do amor autêntico.

Porque, no amor, a natureza actua com muita espontaneidade e é necessário que o corpo e a mente estejam limpos e dispostos. Como no desporto, se não há treino, as coisas saem mal. Para que, na altura de amar, o corpo expresse espontaneamente a generosidade do amor da alma, é necessário tê-lo treinado até alcançar essa virtude que se chama pureza ou castidade. Se não, é fácil que, em lugar do amor, saia o egoísmo da carne.

Como o amor é o sentimento mais nobre que temos e se há-de amar com o único corpo e a única mente que temos (ninguém pode pedir que lhe mudem o corpo ou o cérebro quando quer amar com limpeza), corromper a integridade sexual do corpo com a impureza do egoísmo carnal, é corromper o veículo e instrumento que temos para expressar e realizar o amor.

Pela íntima unidade de alma e corpo, a corrupção e impureza do corpo arrastam a vontade e o coração. O egoísmo mete-se na alma. Na imaginação, na memória, nos sentimentos, nos desejos, o cérebro vai acumulando um modo egoísta de viver o sexo e um modo egoísta e animal de considerar o outro: não se vê como pessoa a quem amar e entregar-se, mas como objecto dessa fome de prazer corporal ou afectivo.

Superar essa podridão do corpo e do cérebro é algo muito difícil.

Consegue-se mais com a passagem do tempo. De facto, só reconhecendo a maldade das actuações anteriores e com a ajuda de Deus pode o homem evitar esse desastre que destroça a alma e o corpo e voltar a ter um corpo e uma mente que possam ser expressão e instrumento de um amor grande e limpo.

Comment by Anusvadis on 7 de julho de 2007 às 20:31

Ora bem, no caso do aborto, a mulher decide verdadeiramente acerca de si própria? Não estará precisamente decidindo acerca de alguém diferente dela, impedindo que se lhe conceda liberdade, privando-o do espaço de liberdade - a vida -, porque isso se encontra em concorrência com a sua própria liberdade? Então haverá que perguntar-se: que tipo de liberdade é essa, entre cujos direitos se conta o de suprimir, desde o princípio, a liberdade do outro?
(Joseph Ratzinger)




“O direito à escolha!” É talvez o mais mediático argumento a favor da legitimação da prática do aborto induzido em determinadas circunstâncias. Será que este direito contempla também o direito da mãe a informação detalhada e correcta sobre o desenvolvimento do feto que transporta dentro de si, e das consequências negativas que um aborto induzido pode representar para a sua saúde? O direito à escolha não faz sentido se em primeiro lugar não for dado o direito à informação. Só se pode pensar em dar a escolher depois de se dar a conhecer.

Comment by Anusvadis on 7 de julho de 2007 às 20:36

O amor humano autêntico é uma entrega total da própria pessoa: alma, coração, corpo, toda a própria vida, presente e futuro. Quando duas pessoas se amam, sabem que vão compartilhar toda a sua vida. O casal é isto: um com uma para sempre, em tudo, para terminar nos filhos. Já não são dois, mas uma só carne e uma só vida. Antes eram duas vidas independentes que, de vez em quando, coincidiam. Agora estão intimamente ligados, a vida de um é inseparável da do outro. Até nas coisas mais concretas.

Por exemplo, se os projectos profissionais de um numa cidade são incompatíveis com a alergia que o outro sente naquele lugar, como os dois são agora uma só carne, a alergia de um afecta a vida do outro. De facto, o outro sente-a como se fosse própria, ou mais ainda, e sofre. Mas a realidade do amor matrimonial faz que, ou os dois se aguentam, ou os dois saem dali. Porque os projectos profissionais são importantes, mas secundários em relação à grandeza do amor.

Por ser um amor total, o amor entre homem e mulher não pode ser senão de um com uma e para sempre. Porque supõe também a adaptação das duas personalidades, das maneiras de ser e gostos de cada um, que procuram evitar o que prejudique ou desgoste o outro, reconhecendo agradecidos que o outro está a fazer o mesmo para que a vida seja agradável e o amor vá aumentando sem encontrar obstáculos. Desta maneira, as personalidades dos dois cônjuges vão-se influenciando e penetrando mutuamente. A vida de um constitui uma parte real da vida do outro. Romper essa união significaria mutilar a vida interior de cada um dos cônjuges e suporia o fracasso rotundo na aventura pessoal mais profunda que pode empreender um ser humano.

Se uma pessoa diz a outra que a ama, a mesma linguagem supõe a expressão "para sempre". Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um "amo-te" que implica "só por algum tempo" não é um amor verdadeiro. É antes um "gosto de ti, agradas-me , sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida".

Por a pessoa ser corpo e espírito, o seu amor realiza-se com o tempo, mas é, em si mesmo, para sempre. Ou uma pessoa se entrega para sempre ou não se entregou a si próprio. E, se se entregou, já não se possui a si mesmo em propriedade exclusiva, pois deu o coração e o corpo a outra, que, por sua vez, lhos deu a ele.

No amor conjugal, a intervenção do corpo dá um carácter irreversível à relação de entrega. Com efeito, quando uma pessoa entrega o corpo, é porque se entrega a si própria em plenitude. Mas quando uma pessoa entrega de verdade a alma, tem de ter em conta que implica a totalidade da vida.

Entregar-se "inteiro" é entregar "a vida inteira". Se não, é que não se entregou.

A entrega do corpo é a expressão dessa entrega total da pessoa. Porque o meu corpo sou eu, não é uma coisa externa, um agasalho ou uma máquina que eu uso, mas sou eu próprio. Precisamente por isso, o amor conjugal autêntico inclui, por si, o "até que a morte nos separe". O matrimónio é entregar-se para sempre; entregar o corpo sem se entregar para sempre seria prostituição, a utilização da própria intimidade como objecto de troca: dar o corpo em troca de algo (ainda que esse algo seja o enamoramento), sem ter entregado a vida.

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